FACEBOOK: UMA TECNOLOGIA DE SI
Resumo
O principal objetivo deste artigo é abordar a rede social Facebook, inaugurada em 2004, como uma forma contemporânea de "tecnologia de si". O termo foi introduzido por Michel Foucault, a fim de abordar os discursos auto-representacionais na cultura ocidental. Em segundo lugar, o Facebook será contextualizado entre as mudanças ocorridas nas formas de expressão, no contexto da cultura em rede, principalmente após o advento da chamada Web 2.0. Esta possibilitou o surgimento de uma nova forma de interação, em que a posição individual muda de receptor passivo para a de produtor de conteúdos. O fenômeno permitirá algumas reflexões sobre as mudanças na percepção sensorial, possíveis graças à facilidade em receber e produzir não só conteúdos textuais, mas também auditivos e audiovisuais. Isto também levará ao estabelecimento de um contraponto importante com a cultura escrita. Através das observações de Mikhail Bakhtin sobre o gênero autobiográfico, o Facebook será abordado como uma forma contemporânea de autobiografia, na qual a interatividade desempenha um papel central.
Palavras-chave
Facebook: cotidiano; autobiografia; tecnologia do eu
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