O BRASIL E OS PAÍSES DO PRATA: CRUZAMENTOS CRÍTICOS E POSSIBILIDADES DO ÉPICO NO SÉCULO XIX

Dirk Brunke

Resumo


No século XIX, o Brasil e o Rio da Prata assumem uma posição central quanto ao gênero épico: a polêmica sobre A Confederação dos Tamoios (1856) foi acompanhada da publicação de um amplo número de poemas, excedido apenas pela quantidade de textos publicados na região do Rio da Prata. O contato entre os dois espaços culturais tem sido explorado nos últimos anos. Os épicos brasileiros e rio-platenses se inspiraram mutuamente. Há, por exemplo, contribuições teóricas de autores rio-platenses – exilados no Brasil – que tematizam “o Brasil” nos seus textos. O exemplo mais importante neste contexto é o poema épico Cantos del peregrino (1846-57), do argentino José Mármol, que usa o motivo do “tropical” para estilizar o Brasil como espaço de inspiração, favorecendo a poesia heroica, comparando-a com as condições climáticas da Argentina, árida e carente de estímulos poéticos. Neste estudo, exploramos o contato dos épicos rio-platenses (Juan María Gutiérrez, José Mármol) e brasileiros (Joaquim Norberto Souza Silva), focando o discurso teórico e como se articula em paratextos (prólogos, notas de rodapé, glossários) e em passagens autorreflexivas nos poemas épicos.

Palavras-chave


Magalhães; A Confederação dos Tamoios; Gutiérrez; Mármol; Souza Silva; Cantos del peregrino; epic poetry

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