NAÇÃO E (CONTRA)MISCIGENAÇÃO: A ANTROPOLOGIA COMO PROVOCAÇÃO À CRÍTICA LITERÁRIA
Resumo
A antropologia do século XIX descobriu “culturas diferentes para subordiná-las ao fio de prumo comum da escala evolucionista”, disciplinando a diversidade pelo “louvor do mesmo”, como nota Luiz Costa Lima a respeito da crítica literária brasileira, fundada com bases naquela antropologia. Este trabalho procura especular a contribuição da antropologia contemporânea para a crítica literária brasileira ao oferecer uma perspectiva alternativa ao modelo dominante, em que predomina “o descobridor, o colonizador, o implantador da nova ordem de coisas”, como supunha Sílvio Romero, visando acentuar outras formas de conceber os encontros e as interações entre os povos e as culturas que participam dos processos reduzidos, pela teoria da miscigenação elaborada no século XIX, a assimilação e integração. Para tanto, este trabalho privilegia perspectivas visibilizadas pela antropologia contemporânea que se caracterizam por “não pressupor a homogeneização como horizonte da interação entre as diferenças”, como sugere Marcio Goldman, tomadas como possibilidade de (re)leitura da crítica literária e da literatura brasileiras.
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