PABLO DE ROKHA E OSWALD DE ANDRADE: UMA NAPA DE VANGUARDA AMERICANA
Resumo
A partir de uma leitura conjunta das obras do poeta chileno Pablo de Rokha e do brasileiro Oswald de Andrade, o artigo a seguir formula a existência de um napa vanguardista americano, de onde nasce a ideia de raça como “traço itinerante” emerge. Analisamos manifestos, textos programáticos e ensaios de ambos os autores e duas obras que entendemos serem o ápice e o ponto de inflexão de suas poéticas: Suramérica (1927) de Pablo de Rokha e Pau-Brasil (1927) de Oswald de Andrade. Estabelecemos relações com outras expressões e movimentos da vanguarda latino-americana e o que a bibliografia crítica lê sobre eles. Tanto as relações entre vanguarda política e vanguarda artística, como entre vanguarda e autoctonia, incluindo a chamada “vanguarda enraizada” (Bosi), são fundamentais para a nossa análise. Afirmamos a existência de um “napa” e não de um rio, porque as suas ligações impensáveis permaneceram escondidas, longe da superfície. Afirmamos que se trata de “vanguarda”, pois os dois casos analisados pertencem à vanguarda histórica latino-americana e isso se confirma, além da bibliografia crítica sobre o período, nas operações estéticas que caracterizaram tais movimentos. E nós o chamamos de “americano” – através de José Martí e César Vallejo –, pois o termo nos permite expandir tanto as fronteiras nacionais como as cunhadas pela crítica literária, num “além” da América Latina e “um mais aqui” da América.
Palavras-chave
poesia, vanguarda, América, Pablo de Rokha, Oswald de Andrade.
Texto completo:
PDF (Español (España))Apontamentos
- Não há apontamentos.
APOIO:
A Revista Brasileira de Literatura Comparada está indexada nas seguintes bases:
Revista Brasileira de Literatura Comparada, ISSN 0103-6963, ISSN 2596-304X (on line)
Esta revista utiliza uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).