CONTOS FILOSOFANTES E EXPERIMENTAÇÃO ESTÉTICA EM PAPÉIS AVULSOS, DE MACHADO DE ASSIS

Homero Vizeu Araújo

Resumo


Este estudo avalia Papéis avulsos, de Machado de Assis, coletânea cujos contos postulam teorias e formulam sínteses que organizam e interpretam os enredos. O livro faz par com Memórias póstumas de Brás Cubas ao enunciar diversos princípios supostamente filosóficos e teóricos em âmbito paródico e rebaixado; na sequência dos relatos forma-se um arco que vai da ciência autoritária pregada em O alienista, passa pelo aconselhamento cínico de Teoria do medalhão e encontra o relativismo sarcástico de O segredo do Bonzo. Dona Benedita, que é uma história longa e crucial, encerra-se com chave alegórica a referir a Veleidade, em trecho que, por sua vez, encerra o livro clássico de Raymundo Faoro, Os donos do poder. Duas questões em pauta: a relação entre Veleidade e volubilidade, tal como concebida por Roberto Schwarz; o circuito entre veleidade e almas de natureza mudável, segundo Jacobina, em O espelho.

Palavras-chave


Papéis avulsos, contos, Os donos do poder, Raymundo Faoro, Dona Benedita.

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