SLAM E ENDEREÇAMENTO: LÍRICO, NÃO-LÍRICO E CONTRAPÚBLICO
Filipe Manzoni
Resumo
Este trabalho propõe uma investigação a respeito do mecanismo de endereçamento presente em algumas poemas da cena do SlamBR e sua irredutibilidade às categorias tradicionais implicada na recepção lírica. Após uma rápida introdução a respeito da co-implicação entre as materialidades da literatura e seus sistemas de endereçamento a partir de um poema de Jéssica Campos, me voltarei para a importância do endereçamento articulado pela alternância inclusiva/exclusiva da primeira pessoa do plural em dois poemas de Kimani. Em seguida, desdobrarei dois cenários de análise: um centrado na estruturação histórica do “endereçamento lírico” e na possibilidade de uma deriva deste; e em seguida, um segundo, voltado para uma teoria política pensada a partir de uma “primeira pessoa indisponível”, desdobrada a partir de um poema de Luz Ribeiro. Por fim, tentarei propor uma alternativa à conformação de uma comunidade de recepção lírica, aproximando o “não-lírico” de um paradigma do contrapúblico.
Palavras-chave
SlamBR; Jéssica Campos, Kimani, Luz Riberio.
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