CIÊNCIA E MORALIDADE VITORIANAS EM O MÉDICO E O MONSTRO, DE ROBERT LOUIS STEVENSON (1886)

Flavia Renata Machado Paiani

Resumo


Este artigo analisa como o escritor escocês Robert Louis Stevenson (1850-1894) retrata a relação entre ciência e moral (secular ou religiosa) em sua novela de 1886, O médico e o monstro. Para tanto, analiso a escolha do cenário (Londres) e algumas características da ficção gótica tardo-vitoriana que constituem a estética negativa da qual são formados os personagens de Stevenson. Em seguida, analiso como uma estética negativa se justapõe a uma ordem científica e moralista em um contexto cultural em que o público leitor é obcecado por crimes. Ao final, discuto as teorias de filósofos e cientistas do século XIX, como Herbert Spencer (1820-1903), Cesare Lombroso (1835-1909) e Francis Galton (1822-1911), na tentativa de compreender a novela de Stevenson de um ponto de vista supostamente científico. Concluo que Hyde/Jekyll estava “destinado” ao fracasso, já que tanto a ciência quanto a moralidade do final da era vitoriana eram propensas a condenar os “inaptos”.

Palavras-chave


Victorian Science; Victorian Morality; Robert Louis Stevenson; Dr. Jekyll and Mr. Hyde; Gothic Fiction

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Revista Brasileira de Literatura Comparada, ISSN 0103-6963, ISSN 2596-304X (on line)

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