L’OPÉRA DE LA LUNE: TRADUZIR A POESIA INFANTIL DE JACQUES PRÉVERT

Lia Araujo Miranda de Lima

Resumo


Este artigo apresenta reflexões sobre a tradução poética a partir da experiência de traduzir o livro infantil de Jacques Prévert L’Opéra de la lune, ilustrado por Jacqueline Duhême. O relato, embora não versificado de maneira tradicional, mobiliza recursos poéticos como metáforas, rimas, reiterações fônicas, além de uma configuração visual particular que permite que seja lido e traduzido como poema narrativo. A ênfase recai sobre os procedimentos parodísticos de Prévert, que revisita e manipula elementos culturais tradicionais à infância dos franceses, notadamente os ditos populares e as cantigas de ninar. Considera-se ainda a posição do texto verbal numa composição em que a ilustração é proeminente e que, ademais, traz uma partitura, composta por Christiane Verger, que transforma em canção um trecho do livro. É, portanto, uma obra multimodal em sentido pleno, cujo plano verbal não pode ser interpretado de maneira dissociada dos planos visual e musical. Pretende-se contribuir com o pensamento acerca da tradução de textos poéticos, situando a poesia infantil e ilustrada no centro da empresa.

Palavras-chave


tradução de textos poéticos; poesia infantil; Jacques Prévert; paródia; multimodalidade

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Revista Brasileira de Literatura Comparada, ISSN 0103-6963, ISSN 2596-304X (on line)

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