A VIDA DO TEXTO E O LEITOR COMUM

Ana Luiza Andrade

Resumo


Esta homenagem a Eneida de Souza busca abrir uma janela de seu livro sobre biografia e arquivo para ligar os escritos de Osman Lins às ideias de estetizar o pacto do escritor com o destino literário, e de autobiografia ficcional. Então, a morte anunciada pela ficção, transforma o sujeito em personagem, e o texto passa a ter vida a partir do gesto do escritor. Tanto o quarto quanto a moldura de uma janela em “Os Gestos” (1957) enquadram simbolicamente o espaço íntimo do gesto que se amplia e se transforma na passagem ao mundo exterior, na busca alargada do corpo/casa que se escreve através da memória. Em Domingo de Páscoa (1977) como em seu último texto (1978) destaca-se esse gesto da morada originária ao se cruzar no análogo espaço dentro/fora da janela, através do quarto do doente. A leitura teórico-crítica autobiográfica busca assim atualizar o gesto poético para o leitor comum e para o sentido de doença.


Palavras-chave


autobiografia ficcional, gesto de escritor, janelas textuais.

Texto completo:

PDF
129 visualizações.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.



APOIO:


A Revista Brasileira de Literatura Comparada está indexada nas seguintes bases:


Revista Brasileira de Literatura Comparada, ISSN 0103-6963, ISSN 2596-304X (on line)

Licença Creative Commons
Esta revista utiliza uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).

Wildcard SSL Certificates