A VIDA DO TEXTO E O LEITOR COMUM
Resumo
Esta homenagem a Eneida de Souza busca abrir uma janela de seu livro sobre biografia e arquivo para ligar os escritos de Osman Lins às ideias de estetizar o pacto do escritor com o destino literário, e de autobiografia ficcional. Então, a morte anunciada pela ficção, transforma o sujeito em personagem, e o texto passa a ter vida a partir do gesto do escritor. Tanto o quarto quanto a moldura de uma janela em “Os Gestos” (1957) enquadram simbolicamente o espaço íntimo do gesto que se amplia e se transforma na passagem ao mundo exterior, na busca alargada do corpo/casa que se escreve através da memória. Em Domingo de Páscoa (1977) como em seu último texto (1978) destaca-se esse gesto da morada originária ao se cruzar no análogo espaço dentro/fora da janela, através do quarto do doente. A leitura teórico-crítica autobiográfica busca assim atualizar o gesto poético para o leitor comum e para o sentido de doença.
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